Inspiralma, Livros

Os 4 compromissos

Vou tentar resumir as principais ideias do livro: Os Quatro Compromissos de Don Miguel Ruiz. Mas recomendo muito a leitura completa. É um dos livros que mais indico porque sei que transforma nossa vida. Esse ano li ele pela segunda vez. É realmente muito bom e transformador. É um livro que explica muito bem como viver melhor em sociedade. Mas lembre-se: um livro é só um livro! A mudança começa no momento que colocamos em prática o que aprendemos lendo.

Nossa natureza pura é sermos amor e luz.
Somos energia, assim como tudo que existe no mundo.
Porém, estamos vivendo em um sonho.
Esse sonho, é o sonho dos seres humanos.
Tudo que vemos e ouvimos nesse momento é um sonho. 
Estamos sonhando agora. A principal função do cérebro é sonhar e esses sonhos duram 24h por dia. Sonhamos quando estamos dormindo e quando estamos acordados.
Vivemos um sonho coletivo de milhares de sonhos pessoais menores.
É o sonho da nossa família, da comunidade, da cidade, do país e do planeta.
Esse sonho é formado por todas as regras da sociedade, suas crenças, leis, religiões, culturas, escolas, eventos sociais, tudo.
Os seres humanos que vieram antes de nós nos ensinaram a sonhar o sonho deles, da sociedade; e os seres humanos antes desses, também ensinaram esse mesmo sonho.
Quando uma criança nasce, já apresentamos para ela as regras do sonho. 
Através da repetição vamos aprendendo como nos comportar em sociedade, no que acreditar e não acreditar, o que é bom, o que é mau, o que é bonito e o que é feio.
Tudo isso nos foi apresentado pronto, todos esses conceitos e regras de como se comportar.

“Não foi sua escolha falar português, você não escolheu sua religião nem os valores morais – eles já existiam antes de você nascer. Nunca tivemos a oportunidade de escolher em que acreditar ou não acreditar. Nunca escolhemos o menor desses acordos – nem sequer nosso próprio nome”.

Não escolhemos nossas crenças, elas foram impostas por outros seres humanos.
Foi assim em toda a nossa infância.
Crianças acreditam em adultos. 
Fomos domesticados com essas crenças, sem ter o poder de escolha. 
Se seguimos as regras somos bons filhos, se não seguimos somos maus filhos e ficamos de castigo. 
Fomos crescendo e aprendendo com punições e recompensas. 
Assim, também aprendemos a como chamar a atenção dos nossos pais e ao passar dos anos, queremos mais atenção, atenção de outras pessoas. E a sensação de ter atenção é tão boa que começamos a fazer só o que os outros querem que a gente faça, para receber mais e mais atenção. 
O medo da punição nos leva a fingirmos ser o que não somos para agradar e sermos suficientemente bons para os outros.
Temos medo da rejeição, de não ser aceito e esse medo se transforma em não ser bom o suficiente. E aos poucos vamos perdendo nossa essência natural para nos tornarmos cópias de crenças de outras pessoas.
Essa domesticação é tão forte que aos poucos nós mesmos vamos nos domesticando e nos punindo quando não seguimos as regras.
Nosso sistema de crenças é como um “Livro de Leis” que regula a nossa mente. O que estiver ali, seguimos sem questionar. E assim, aprendemos a julgar. Julgamos a nós e aos outros.
Temos um juiz interno, que fica julgando o tempo todo, a vida toda.
Dentro de nós também temos a vítima. Aquela que carrega a culpa, a vergonha e a responsabilidade. Aquela que se lamenta e que não se acha boa o suficiente. 
Se tentamos fazer algo diferente do que está no Livro das Leis, sentimos insegurança, culpa e nos punimos. E este juiz interno nos cobra e nos pune muitas vezes. Cada vez que lembramos, sentimos a culpa, a vergonha de novo. E não fazemos isso só com a gente, fazemos com quem amamos também, ficamos relembrando os erros das outras pessoas e fazendo eles pagarem várias e várias vezes pelo mesmo erro. 

“O ser humano é o único animal na Terra que paga milhares de vezes pelo mesmo erro”.

“No sonho do planeta é normal que os seres humanos sofram, vivam com medo e criem dramas emocionais”.

É o medo que controla esse sonho planetário. Somos regidos pelo medo, vivemos em um sonho bem assustador.
Se compararmos as definições de inferno com o sonho da sociedade, já estamos vivendo dentro dele: punição, medo, dor e sofrimento. E tudo isso acontece dentro da nossa mente.
Se criamos tudo isso, podemos descriar e viver um sonho mais agradável.
Estamos cegos. E essa cegueira é causada pelas nossas crenças. 
Não conseguimos ver que somos seres livres.

“A morte não é o maior medo que os homens possuem, nosso maior medo é estar vivo. Assumir o risco de viver e de expressar o que somos na realidade – isso é o nosso grande medo”.

A pessoa que mais fez você sofrer foi você mesmo, se julgando, não aceitando quem você realmente é, rejeitando a si mesmo. Se punindo por não ser quem você acredita que deveria ser. Fingindo ser alguém que não é só para se encaixar. Se julgando e se autodestruindo.
O limite desse auto-sofrimento é o mesmo que você tolera nos outros. Se alguém te faz sofrer mais que você mesmo, você se afasta dessa pessoa; mas se a pessoa te faz sofrer um pouco menos do que você mesmo, você é capaz de permanecer num relacionamento ruim eternamente. 

“Se você se impõe sofrimentos grandes demais, pode até tolerar alguém que bate em você, humilha-o e o trata como um verme. Por quê? Porque em seu sistema de crenças é como se você dissesse: “Eu mereço. Essa pessoa está fazendo um favor por estar comigo. Não sou digno de amor e respeito. Não sou bom o suficiente”. 

Todo esse sofrimento vem da auto-rejeição e essa rejeição vem da nossa imagem de perfeição ou de algo ideal. Por isso que não nos aceitamos e não aceitamos os outros. Somos apenas espelhos.

Um novo sonho

Todas essas crenças só foram armazenadas porque concordamos com elas. Quando acreditamos em algo, colocamos fé de que aquilo é real. Precisamos de coragem pra sair fora desse livro. Não escolhemos nenhuma dessas crenças porém, concordamos com elas. Só que 90% dessas crenças são falsas. E só sofremos porque acreditamos nelas.
Nós também temos os nossos próprios compromissos  e isso é o que falamos ser a nossa personalidade: eu sou assim, eu gosto disso, não gosto daquilo. Essas são as nossas crenças mais importantes. Para vivermos uma vida feliz e realizada precisamos desfazer crenças baseadas no medo e viver a partir de crenças baseadas no amor. Ou seja, mudar aquelas que nos fazem sofrer.
Se não gostamos do sonho em que estamos vivendo, precisamos mudar as leis do nosso sonho, e os 4 compromissos que o livro aborda podem nos ajudar a fazer isso.
Vamos em busca do nosso poder pessoal, ele é capaz de romper essas leis criar novas. 

Os 4 compromissos

1- Seja impecável com a sua palavra: é através das nossas palavras que manifestamos as nossas intenções. O que sonhamos, sentimos e pensamos é manifestado pelas palavras. Nossa palavra tem poder. Tanto para nós quanto para os outros. Através das palavras podemos ferir ou ajudar alguém.

2- Não leve nada para o lado pessoal: o que quer que aconteça, o que quer que te digam, não leve para o lado pessoal. As pessoas falam e fazem o que elas têm dentro delas. Nunca tem a ver com você, sempre tem a ver com a própria pessoa e o que ela tem dentro dela. Quando levamos algo para o lado pessoal, temos o impulso de querer defender as nossas crenças e assim criamos conflitos. Você não precisa aceitar o que te dizem. Acredite mais em você. Confie mais em você. O que os outros dizem só fala sobre eles mesmos. 

3- Não tire conclusões: temos a tendência natural de presumir as coisas e achar que sabemos o que o outro está pensando ou fazendo. O porque disso e daquilo. Tiramos conclusões precipitadas e já levamos para o lado pessoal. Então, simplesmente faça perguntas. E pelo outro lado também, fale o que você sente, o que você pensa. Não espere a outra pessoa adivinhar o que você quer.

4- Sempre dê o melhor de si: sob qualquer circunstância, dê o seu melhor. Faça o melhor que pode em todos os momentos. Mas saiba que o seu melhor nem sempre vai ter o mesmo padrão todos os dias. Tem dias que estamos mais dispostos e outros nem tanto. Por isso, dê o seu melhor de acordo com o que você sente. Assim, você se sente bem com você mesmo e não tem nenhum sentimento de arrependimento.

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2 comentários em “Os 4 compromissos”

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